A empresa farmacêutica Cristália, uma das maiores do país, vai fabricar medicamentos contra doença renal crônica (sevelamer), esclerose (riluzol), artrite (leflunomida) e desequilíbrio hormonal (cabergolina) em parceria com duas estatais da área de saúde, o Laboratório Farmacêutico da Marinha (LFM), sediado no Rio de Janeiro, e o Bahiafarma, de Salvador.
As parcerias público-privadas (PPPs), que serão anunciadas amanhã na capital baiana pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fazem parte da estratégia do governo federal de fortalecer o chamado complexo industrial da saúde brasileiro, que prevê uma economia de R$ 20 milhões às compras governamentais.
Com as PPPs, a Cristália terá que transferir as tecnologias de fabricação dos quatro medicamentos aos laboratórios oficiais até 2015, quando eles passarão a produzir de forma independente.
A iniciativa também reativa o Bahiafarma, laboratório estadual que estava fechado desde 1999. A estatal contará, nos próximos dois anos, com um plano de investimentos de R$ 35 milhões.
Carlos Gadelha, secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, disse que as PPPs também focam o desenvolvimento regional da indústria da saúde e que serão estendidas para outras capitais do Nordeste e da Região Norte.
Gadelha contou ainda que os laboratórios públicos do país serão obrigados a executar planos de modernização para participar das PPPs.
Reportagem: Valor Econômico
Jornalista: Luciano Máximo
02/06/2011